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Jun 25, 2023

Oficina Brancusi

Figura emblemática da escultura do século XX e da história da modernidade, nascido em 1876 na Roménia, Constantin Brancusi viveu e trabalhou em Paris desde 1904 até à sua morte em 1957, onde foi criada a maior parte da sua obra. Por testamento, o artista legou todo o seu ateliê ao Estado francês. Reconstruído de forma idêntica em 1997 na Piazza, o Atelier Brancusi é rico em 137 esculturas e 87 bases originais, 41 desenhos, 2 pinturas. Também preserva mais de 1.600 chapas fotográficas de vidro e impressões originais.

De 1916 até à sua morte em 1957, Constantin Brancusi ocupou várias oficinas, sucessivamente nos números 8 e depois 11 do Impasse Ronsin, no 15º arrondissement de Paris. O artista investiu ali duas e depois três oficinas, que abriu formando duas grandes salas onde expôs suas obras. Em 1936 e 1941, ele acrescentou dois outros espaços de trabalho contíguos onde ficavam sua bancada e ferramentas.

Constantin Brancusi atribui grande importância à relação das suas esculturas com o espaço que as contém. A partir da década de 1910, ao organizar as esculturas numa estreita relação espacial, cria novas obras dentro da oficina que chama de “grupos móveis”, significando assim a importância da ligação entre as obras e as possibilidades de mobilidade de cada uma dentro do todo.

A partir da década de 1920, o ateliê passou a ser o local de apresentação de seu trabalho e de uma obra de arte em si, um corpo feito de células que se geram mutuamente. Esta experiência de olhar para dentro da oficina em direção a cada uma das esculturas para constituir um conjunto de relações espaciais leva Constantin Brancusi a reorganizar diariamente o seu lugar para alcançar a unidade que lhe parece mais adequada.

No final da vida, Constantin Brancusi deixou de produzir esculturas para se concentrar apenas na sua relação dentro da oficina. Esta proximidade torna-se tão essencial que o artista já não deseja expor e, quando vende uma obra, substitui-a pela sua gravura em gesso para não perder a unidade do todo.

Conheça todas as obras de Brancusi no acervo

Em 1956, Constantin Brancusi legou tudo o que continha a sua oficina (obras concluídas, esboços, mobiliário, ferramentas, biblioteca, discoteca, fotografias, etc.) ao Estado francês, com a condição de que este se comprometesse a reconstituí-la tal como estava. morte do artista.

Após uma primeira reconstrução parcial em 1962 dentro do acervo do Museu Nacional de Arte Moderna então localizado no Palais de Tokyo, esta reconstrução foi realizada em 1977, em frente ao Centro Pompidou. Após as enchentes de 1990, foi fechado ao público.

A atual reconstrução, construída pelo arquiteto Renzo Piano em 1997, apresenta-se como um espaço museológico no qual está inserida a oficina. Se o arquitecto não procurou reproduzir, num lugar público, a intimidade do Impasse Ronsin, soube preservar a ideia de um lugar protegido, de um espaço muito interior, no qual infunde luz zenital, e onde o espectador está protegido da agitação da rua e da praça, nomeadamente por um jardim fechado.

O L'Atelier Brancusi está aberto todos os dias, exceto terças-feiras e 1º de maio, das 14h às 18h.

Sua entrada é gratuita.

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